26 de mar. de 2009

DIALÉTICA


Uma amiga teve uma experiência ruim num escritório municipal, onde ao responder sobre sua ocupação, disseram que 'mãe' não fazia parte da lista de empregos e que 'dona-de-casa' seria mais apropriado.

Pouco tempo depois, eu - que também sou mãe em tempo integral - passei por uma situação parecida na prefeitura, quando fui me matricular para um curso.
A funcionária perguntou qual era a minha ocupação e, antes que desse por mim, respondi:
- Sou assistente de pesquisa na área de desenvolvimento infantil e relações humanas.
A funcionária não se dando por satisfeita, me pediu maiores informações. Não me constrangi:
- Minha pesquisa é tanto de campo como em laboratório (fora e dentro de casa), - ouvi-me dizer, cheia de tranquilidade. No momento, estou fazendo provas para o mestrado e já tenho três ótimas notas (2 meninos e 1 menina). É um dos trabalhos mais absoverntes do mundo (existe mãe que discorde disso?) e com frequência fico ocupada 14 horas por dia (na verdade, está mais para 24 horas). Mas o emprego é sempre um desafio, e a recompensa é a satisafação do trabalho, mais do que o dinheiro propriamente dito.
Senti um tom de respeito na voz da funcionária, ao me indicar a porta, e fiquei triunfante.
Havia entrado para os registros oficiais como uma pessoa de mérito e indispensável à humanidade - uma mãe!!!

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